Entendendo melhor a escoliose na infância

A escoliose é uma alteração postural tridimensional, caracterizada pela curvatura lateral de 10 ou mais graus da coluna vertebral, rotação e extensão, geralmente diagnosticada durante o período de crescimento da criança. Esta alteração pode ter diversas causas, sendo algumas delas desconhecidas (idiopáticas) e outras associadas a condições neuromusculares, congênitas ou genéticas.

Segundo o Journal of Bone and Joint Surgery, a prevalência da escoliose na infância pode variar de 1% a 3%, sendo mais comum em meninas do que em meninos. A faixa etária em que a escoliose costuma se manifestar é entre os 10 e 15 anos, período crucial de crescimento e desenvolvimento esquelético.

A detecção precoce é fundamental, uma vez que intervenções precoces podem ajudar a controlar a progressão da curva. Profissionais de saúde, incluindo fisioterapeutas e ortopedistas, desempenham um papel vital no monitoramento e tratamento da escoliose na infância.

Existem algumas maneiras para avaliarmos se a criança tem ou não esta alteração. Inicialmente deve ser realizada uma avaliação postural observando assimetrias, e incluindo teste de Adams para verificar a existência de gibosidade. As radiografias podem ser utilizadas para confirmar os achados no exame clínico e na mensuração dos graus de inclinação das curvaturas.

O tratamento pode incluir abordagens conservadoras, fisioterapia e exercícios específicos para fortalecimento muscular, e o uso de colete ortopédico. Em casos onde a angulação é maior de 45 graus, pode ser considerada a intervenção cirúrgica para corrigir esta deformidade da coluna.

É importante ressaltar que a escoliose na infância não deve ser negligenciada, pois pode impactar não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional da criança.

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Karine Souza